segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CONCLUSÃO - I

CONCLUSÃO – I


Eu não tenho nome.
Me perco na noite escura, eu sou um grito
Que ecoa no silêncio,
Miragem,
Bobagem,
Palavras que não têm sentido,
Uma coisa qualquer, sem aparência.
Um sonho indefinido,
Fagulha apagada,
Indiferença.
Uma núvem densa
De palavras paira no meu céu,
Como centelhas
Luminosas.
Delas não preciso,
Não tenho mais nada.
Apenas o final da estrada.
Assopro então, e a núvem
Se espalha,
Como um enxame de abelhas
Venenosas.
Eu não as desejo mais.
Por que me perseguem?
Nunca soube usá-las como convém.
Não sou poeta coisa alguma.
Em suma,
Aqui comigo:
Talvez seja o castigo
De alguém
Acabado,
De um sonho irrealizado.

(Ivo Stainiclerks)

Um comentário:

  1. muito bom, diferentes de certos poemas esse é diferente ou seja desconexo mais é isso que faz ele ser muito bom...adorei mesmo

    ResponderExcluir